domingo, 16 de junho de 2013

A magia do mês de Junho

A alegria de revitalizar a quadra junina é puramente natural pra quem compreende esse momento da cultura brasileira, com muita "orube", os sorrisos estão no ar, essa permuta gostosa é a experiência que o Projeto convive no São João da Amazônia, levando um pouquinho do que aprendem e ensinam, partilhar é bom demais. 
A vivência é o contexto inspirador, vamos então mergulhar nesse mar de cores, sabores e alegria; com a revitalização de que é possível construir sem destruir, dos pequenos aos grandinhos somos todos um só coração saltador, que expressa com seu boizinho a magia da sabedoria popular. Emergido dos "encantos da floresta", as vozes e o som dos tambores marcam a presença singela como elemento significativo que expressa  "é chegada a hora de brincar e entrar na roda". O xadrez retoma seu lugar no balançar das bandeirinhas que sinaliza o bem-estar; assim chega a molecada repassando sua mensagem puxando todos para a grande roda, é o princípio do encantamento.
Toca o seu instrumento de plástico que hora era lixo agora é a pulsação que marca o compasso da toada; aqui então, do menor para o maior as cores ganham significados e a sensação é uma só, viva!
Esse jeito simples de se compor o São João que traz quadrilhas e toadas tem identidade da vivência da comunidade do Satélite que aprendeu com os mestres  de Ourém o "abalar" do bumbá que em suas fitas coloridas podem muito mais que "alegrar". Contrapondo as tradições o boi não morre, ele se renova no mês de junho por um esforço de manter viva a cultura popular que vibra nos terreiros de festas, com as fogueiras em chamas que aquecem a saudação da festa, glamour pra quê? 

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Lá vem Orube!!!!

A experiência do Projeto Orube com o processo Troca de Saberes III foi inovadora, renovadora e avaliativa, FATO. A missão concluída neste intercâmbio cultural entre Belém e Ourém despertou infinitas formas e ferramentas de reencontro e rotas alternativas para a produção cultural e construção coletiva.

O ânimo e o trabalho que tomou novos ares ganharam força e fortaleceram um questionamento que já se fazia presente e, quase que em um grito, tomou conta dos construtores:
- O que fazer com o lixo?
A resposta é simples:
- Transformar em som!

Assim começou a se desenhar a reconstrução dos instrumentos que integram as ações do Projeto. A reutilização de elementos que não pareciam mais ter utilidade para a sociedade e comunidade e a confecção destes novos instrumentos foram tomando novo pulso e ganhando características próprias de sonoridade e visual.

 A oficina ministrada pelo Artesão e Luthier Zet vem mostrando aos meninos e a comunidade do satélite uma nova rota para a quadra junina, seus instrumentos e para a vida, como um todo, onde o lixo não é um simples resto, mas sim um recomeço, desta forma: sonoro.

Chega junho, sua quadra, seus santos, suas festas. No Projeto Orube chega firme e forte com São João e o Lixo Sonoro. De Ourém, do Troca de Saberes, das Oficinas de confecção de instrumentos com materiais recicláveis até aqui, lhe deixamos informados de que esta construção não consegue, e nem pode, parar.

Em breve, contaremos mais sobre este dia a dia e já avisamos:
- Prepare o seu coração e espírito: É Junho!

(André Butter)