A alegria de revitalizar a quadra junina é puramente natural pra quem compreende esse momento da cultura brasileira, com muita "orube", os sorrisos estão no ar, essa permuta gostosa é a experiência que o Projeto convive no São João da Amazônia, levando um pouquinho do que aprendem e ensinam, partilhar é bom demais.
A vivência é o contexto inspirador, vamos então mergulhar nesse mar de cores, sabores e alegria; com a revitalização de que é possível construir sem destruir, dos pequenos aos grandinhos somos todos um só coração saltador, que expressa com seu boizinho a magia da sabedoria popular. Emergido dos "encantos da floresta", as vozes e o som dos tambores marcam a presença singela como elemento significativo que expressa "é chegada a hora de brincar e entrar na roda". O xadrez retoma seu lugar no balançar das bandeirinhas que sinaliza o bem-estar; assim chega a molecada repassando sua mensagem puxando todos para a grande roda, é o princípio do encantamento.
Toca o seu instrumento de plástico que hora era lixo agora é a pulsação que marca o compasso da toada; aqui então, do menor para o maior as cores ganham significados e a sensação é uma só, viva!
Esse jeito simples de se compor o São João que traz quadrilhas e toadas tem identidade da vivência da comunidade do Satélite que aprendeu com os mestres de Ourém o "abalar" do bumbá que em suas fitas coloridas podem muito mais que "alegrar". Contrapondo as tradições o boi não morre, ele se renova no mês de junho por um esforço de manter viva a cultura popular que vibra nos terreiros de festas, com as fogueiras em chamas que aquecem a saudação da festa, glamour pra quê?